domingo, 5 de julho de 2009

Pássaros de Silêncio - Xerófilas

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Xerófilas - desenho de Augusto Mota (1960), 32 x 38,5 cm.
Café e tinta-da-china



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Entre as folhas e o tempo
despertam pássaros de silêncio
única fronteira de ventos
a cobrir de olhos salgados
restos de divisão
lábios fechados

depois acendo a boca e o adeus perfeito
onde nascem laranjas do peito....
aves inquietas

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GRAÇA MAGALHÃES, in «Na memória dos pássaros», "Palimage Editores", Viseu, 2006, 2ª edição, p.4.

3 comentários:

  1. Não o comentei nas margens por preguiça, mas este é um belíssimo poema... li e reli ...
    abraço poeta / tu
    gosto da tua música!
    _____________ JRMARTO

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  2. Quanto sonho para construir o templo
    onde voam as palavras como pássaros?...

    Muros e vidros e outros cristais
    o sentir guardado na arca dos lábios

    A tua voz a rasgar a ausência
    a edificar o tempo de partir...

    .........

    (a tua poesia gera momentos de grande prazer de leitura, pensamento, criação... o desejo de ser nossa).
    Jorge F

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  3. Das palavras mais simples e dos versos que não se medem nascem pequenas grandes obras d ´arte.

    Vale a pena lê-la e encontrá-la por aqui...

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