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Iremos
onde os dedos são manhãs
onde os astros rebentam às flores
onde a geada
estende nêsperas de orvalho
e os peixes vestem escamas de nata
onde há rodas e carrosséis
e crianças de açúcar no regaço
dobando árvores de algodão
iremos
ao corpo azul das pedras
devassar o sossego
das algibeiras
à brancura luminosa
da pele molhada
iremos.
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Graça Magalhães
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in «Saudade», revista de poesia, Junho 2009, nº 11, Amarante, Edições do Tâmega.
"onde há rodas e carrosséis
ResponderEliminare crianças de açúcar no regaço
dobando árvores de algodão"
para mim é o que dá mais enfase a este belo poema.
cumprimentos,
Luís Mendes
Obrigada Luís...porque ainda mais belo que o poema são mesmo as crianças reais de açúcar no regaço dobando as árvores de algodão da minha infância.
ResponderEliminarUm abraço poético, G.M.