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Campos do Vale do Lis / foto: Augusto Mota
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22.
Amo nos olhos que tomaste
com as mãos
as palavras que escrevo e amargo
o silêncio que devolve
o cérebro a doer
o coração em ferida
o líquido castanho dos olhos
quando se esbate como campos que devastam.
Amo o caminho que se alonga nos dias
os labirintos que se inflamam direitos aos alvéolos.
Só quero adoecer nos meus lugares e morrer nas tuas mãos.
Graça Magalhães, Lavrar no Corpo das Algas [2008], Palimage.
com as mãos
as palavras que escrevo e amargo
o silêncio que devolve
o cérebro a doer
o coração em ferida
o líquido castanho dos olhos
quando se esbate como campos que devastam.
Amo o caminho que se alonga nos dias
os labirintos que se inflamam direitos aos alvéolos.
Só quero adoecer nos meus lugares e morrer nas tuas mãos.
Graça Magalhães, Lavrar no Corpo das Algas [2008], Palimage.
Beijinho Graça.
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